Autismo

17 de maio de 2020

O transtorno do espectro autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento humano que pode apresentar diferentes níveis de intensidade. Quanto maior a funcionalidade do sujeito, menor são os prejuízos. O autismo se caracteriza por dificuldades na interação social, comunicação, imaginação e comportamento. O cérebro do autista é hiperexcitado, isto é, capta vários estímulos ao mesmo tempo. Isso faz com que a sua atenção esteja direcionada a diversos focos diferentes ao mesmo tempo, por esse motivo, autistas podem, por exemplo, demorar para responder perguntas e interagir.

A pessoa com autismo pode apresentar comportamentos repetitivos, ecolalia, estereotipia, interesses fixos, atraso no desenvolvimento da fala, apego à rotina, sensibilidade sensorial, dificuldade em manter contato visual, dificuldade em entender sinais sociais etc. É importante perceber que alguns sintomas como a estereotipia e repetição motora são fundamentais para a autorregulação do sujeito com autismo e podem causar uma sensação de conforto e relaxamento.

Apesar das teorias que apontam a genética, causas externas ou problemas durante a gestação como causas do autismo, considera-se que a causa ainda é desconhecida. O autismo não tem cura, mas tem tratamento. Os cuidados devem começar assim que houver um diagnóstico, preferencialmente antes do 3 anos. O autista deve ser respeitado dentro de sua diferença sem que seja submetido à padronização de comportamentos considerados “normais”, pois sua configuração cerebral é diferente e, consequentemente, muitos comportamentos autistas são necessários para que o sujeito se organize. O tratamento deve, portanto, facilitar o desenvolvimento dos potenciais do sujeito, melhorar a concentração, trabalhar as dificuldades do sujeito, bem como ampliar habilidades sociais e comunicativas para aumentar a autonomia e qualidade de vida da pessoa.