Os neurotransmissores são mensageiros químicos responsáveis pela comunicação das células do sistema nervoso. Os neurônios transmitem um sinal através de uma sinapse, isto é, o ponto de contato entre duas células. O potencial de ação elétrico pelo axônio da célula nesse processo favorece a liberação dos neurotransmissores. Quando esses mensageiros químicos são liberados na fenda sináptica, a resposta da célula-alvo após o estímulo pode ser excitatória ou inibitória a depender do neurotransmissor e do receptor envolvidos na ação. Os neurotransmissores afetam o funcionamento do cérebro e, consequentemente, o funcionamento do corpo humano. As funções psicológicas são influenciadas pelos neurotransmissores de forma direta ou indireta devido à complexidade do funcionamento cerebral. O sentimento de felicidade, por exemplo, pode significar que neurotransmissores como dopamina e serotonina estão em quantidade considerável na fenda sináptica.
Outro exemplo sobre os efeitos dos neurotransmissores são a regulação das emoções. Estas são componentes fundamentais da experiência humana e afetam processos cognitivos como percepção, atenção e memória, referem-se a estados mentais como alegria, raiva, medo, nojo, surpresa e tristeza. As estruturas cerebrais responsáveis pelas emoções são a amígdala, o giro do cíngulo e o córtex orbitofrontal.
Alguns neurotransmissores importantes são a endorfina, GABA, noradrenalina e oxitocina. Respectivamente, produzem efeitos como reduzir a dor, diminuição da ansiedade, melhora a concentração e proporciona bons sentimentos. Entretanto, substâncias e distúrbios podem alterar a produção de neurotransmissores e é necessário o uso de fármacos para reduzir sintomas das doenças relacionadas como, por exemplo, o mal de Parkinson. Hábitos de vida saudáveis podem ajudar na manutenção dos neurotransmissores que causam bem-estar.
Referência:
Gilhooly, K.; Lyddy, F.; Pollick, F. Cognitive Psychology. UK edition, 2009.