O estresse ocorre através de uma resposta fisiológica do corpo devido a um estímulo. Em baixo nível, pode ser adaptativo para situações sociais, porém o excesso do estresse é prejudicial à saúde. Há dois tipos de estresse: o distresse e o eustresse que ocorrem, respectivamente, a partir de eventos negativos e eventos positivos. Por exemplo, o estresse que ocorre ao se machucar é o distresse. O eustresse ocorre em eventos menos ameaçadores como passear em uma montanha-russa.
A resposta física e psicológica gerada pelo estresse foi necessária para o comportamento evolutivo humano de lutar e fugir. Nesse processo, são liberados o cortisol, noradrenalina e adrenalina no corpo. A aceleração dos batimentos cardíacos, o aumento da frequência respiratória e as contrações dos músculos ajudam o corpo a ter mais energia para reagir a um estímulo ameaçador.
Todavia, o cortisol em excesso prejudica o tecido muscular e as células, a adrenalina em excesso causa complicações nos vasos sanguíneos e no coração, podendo aumentar o risco de derrame cerebral e ataque cardíaco. Outros riscos são a exaustão, artrite reumatoide, danos na memória e pensamento, ansiedade, síndrome de burnout, cefaleia e problemas no sono.
Alguns medicamentos e produtos podem agravar o estresse como a cafeína e alguns medicamentos que tratam asma. Alguns diagnósticos como a síndrome do pânico e o transtorno obsessivo compulsivo também afetam o estado de estresse. O sedentarismo e a sobrecarga de tarefas também estão associados aos altos níveis de estresse nas pessoas.
Alimentos com triptofano, exercícios físicos, rotina equilibrada e autoconhecimento através da psicoterapia são formas de lidar com o estresse. Em casos em que a pessoa apresenta doenças físicas decorrentes do estresse, é recomendável também ter acompanhamento médico. Com mudanças de hábitos é possível alcançar a atenuação do problema.
Referência:
Kleinman, Paul. Tudo o que você precisa saber sobre Psicologia: um livro prático sobre o estudo da mente humana. São Paulo: Editora Gente, 2015.
