A depressão é uma doença psiquiátrica e incapacitante caracterizada por muita tristeza, desesperança e alterações de humor e baixa autoestima. Com a depressão, o sujeito pode ter perda ou ganho de peso repentino, humor deprimido na maior parte do dia, insônia ou hipersonia, sentimento de culpa excessiva e inutilidade, diminuição na capacidade de concentração, pensamento recorrente de morte, agitação ou retardo psicomotor. A doença é muito mais intensa do que uma tristeza comum e pode durar mais de duas semanas.
A depressão pode ser causada por fatores como, por exemplo, estresse excessivo e violência. Segundo Teng (2005), afirma que a depressão está associada a comorbidades como, por exemplo, obesidade, doenças renais e dores crônicas. Tanto a depressão quanto as comorbidades precisam ser tratadas devidamente, pois elas se retroalimentam e agravam o quadro de saúde.
Um dos propósitos da psicoterapia é ressignicar e reestruturar os pensamentos do sujeito com depressão, pois os pensamentos interferem no comportamento. Segundo Bahls (1999), a cognição é o modo pelo qual interpretamos os eventos. As pessoas com depressão apresentam expectativas elevadas sobre a maneira como desempenham tarefas, o que permite que elas tenham mais experiências interpretadas mais como fracasso do que sucesso, isso faz com que a atenção seletiva fique direcionada às questões negativas.
Esse problema é uma dos transtornos mentais mais tratáveis, apresentando alta taxa de sucesso em relação ao alívio dos sintomas. O profissional deve acolher, fazer uma avaliação psicológica e trabalhar com os sintomas da depressão e as demandas das comorbidades. Nos casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos antidepressivos por prescrição médica junto ao trabalho do(a) psicólogo(a). O tratamento completo pode trazer benefícios nas funções cerebrais, na autoimagem, no humor, no sono e no corpo. Além da psicoterapia, o paciente deve buscar praticar exercícios físicos, ter uma alimentação saudável e estar cercado de pessoas que o fazem se sentir bem.
Referências:
TENG, C. T.; HUMES, E. C.; DEMETRIO, F. N. Depressão e Comorbidades Clínicas. Ver. Psiq. Clin, v. 32, n. 3, p. 149-159, 2005.
BAHLS, S. C. Depressão: uma breve revisão dos fundamentos biológicos e cognitivos. Interação. Curitiba, v.3, p.49 a 60, 1999.